Fernando Mendes e Chacrinha
Caetano Veloso
Pra começar, a primeira canção só poderia ser CADEIRA DE RODAS, de 1975, uma música de valor sentimental muito grande pra mim, do grande Fernando Mendes, "o príncipe da música brega brasileira". O Rei, todo mundo sabe quem é...
Pra mim, a genuína música brega brasileira foi aquela produzida na década de 70. A década de ouro da música brega. Por muitos também conhecida como "música romântica". Os maiores clássicos do cancioneiro brega nacional é dessa época.
Prestem atenção na interpretação sincera do príncipe:
Fernando Mendes
"No final de 1972 entrava no cenário musical o cantor mineiro Fernando Mendes.
A DESCONHECIDA, gravada recentemente pelo cantor Leonardo, foi a canção que projetou o cantor em todo território nacional. Lançada em compacto simples, subiu rapidamente às paradas de sucesso, e com força total!
Sua primeira apresentação na TV foi no programa do Chacrinha, e a partir daí o jovem Fernando Mendes não parou mais; seguiu a carreira musical interpretando suas próprias canções, que fazem sucesso não só no Brasil, mas em muitos países do mundo!"
Fernando Mendes
Em 1976 Fernando Mendes lança novo disco e um novo sucesso: SORTE TEM QUEM ACREDITA NELA. Reparem na semelhança com as músicas do rei, que, aliás, fez escola:
Fernando Mendes
E para os chics de plantão uma música que é impossível negar que conhecem, já que foi gravada anos depois por um bambambã lá de cima. Portanto, não precisam ficar com vergonha de dizer que conhecem: VOCÊ NÃO ME ENSINOU A TE ESQUECER, de 1979:
Fernando Mendes
E para finalizar a seleção de hoje, um cantor de fina estampa, para agradar os "ouvidos refinados"; aliás, esse cara já entendeu há muito tempo que a música brega é biscoito fino, e, para calafrio de muita gente, já gravou de Roberto Carlos a Odair José. Com vocês, Caetano Veloso e VOCÊ NÃO ME ENSINOU A TE ESQUECER, gravada para o filme "Lisbela e o Prisioneiro", de 2003, com direção de Guel Arraes:
Caetano Veloso
"Muita gente me acusa de falta de critérios quando defendo esse ou aquele tipo de música, de defender o vale-tudo. Mas o que eu busco é complexificar os critérios críticos. Era essa complexidade que eu buscava em todas as vezes que provoquei o bom gosto dominante, de Vicente Celestino ao Tapinha" (C. Veloso). (*)
"Mais do que um projeto musical, é um projeto de vida quebrar, à minha maneira, a estrutura social e econômica do Brasil. Gravar esses compositores sempre foi para mim uma forma de gritar contra o apartheid social brasileiro" (C. Veloso). (*)
"O encontro dos dois compositores, de igual para igual, parece traduzir o ideal estético do tropicalista Caetano Veloso, que tornou respeitável ao público culto artistas antes desprezados como Vicente Celestino, Odair José, Peninha, o funk "Um tapinha não dói" e até Roberto Carlos" (Hugo Sukman) (*)
(*) FRASES EXTRAÍDAS DO JORNAL O GLOBO DE 29 DE JUNHO
DE 2003
Postado em 20 de março de 2012.
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